Endereço: Av. Serzedelo Corrêa – Batista Campos, Belém.
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O lugar: Em frente à entrada principal do Cemitério de Nossa Senhora da Soledade, na Avenida Serzedelo Corrêa, Batista Campos, há uma aparição que destoa da realidade.
Esculpido em mármore de lioz, um pequeno menino, com pelo menos 130 anos de idade, pode ser visto agraciado com oferendas, vestindo uniformes escolares e até usando camisas de times de futebol, como Remo e Paysandu. Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1964, o Soledade tem um valor histórico e cultural imensurável. Hoje, o espaço aguarda munícipio e Estado concluírem as etapas do processo que deverá transformá-lo, finalmente, em cemitério-parque, a partir de recursos federais do PAC “Cidades Históricas”. Desativado em 1880, o cemitério público mais antigo da cidade guarda traços e formas que, apesar da ação natural do tempo, resistiram à virada de dois séculos. Mausoléus, lápides e capelas majestosas dividem espaço com covas rasas e túmulos simples.
O contraste marca a desigualdade social até na hora da morte, segregando as mais de 30 mil pessoas, entre ricas e pobres, enterradas ali. Em meio à diversidade artística das obras, a maioria importada de Portugal, identificamos estilos que vão do neoclássico ao neogótico. Infelizmente, parte desta riqueza está escondida, tomada pela vegetação.
Antes da criação do Soledade, os mortos eram enterrados nas igrejas da cidade. No ano de sua inauguração oficial, em 1850, a população de Belém era de cerca de 75 mil habitantes, sendo quase 20 mil escravos. Com as epidemias de febre amarela, em 1850, e cólera, em 1855, o cemitério foi ocupado rapidamente. Depois, os enterros passam o ocorrer no Cemitério Santa Izabel, no bairro do Guamá.
Funcionamento: Diariamente.
Acesso: Livre.