Endereço: Rua Dr. Assis, perto da Avenida Almirante Tamandaré – Cidade Velha, Belém.
Telefone: (91) 3230- 1387
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O lugar: É considerado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como um dos exemplares mais característicos que marcaram, nos fins do século XIX, o ápice econômico proveniente do Ciclo da Borracha. Desde o início da sua ocupação pela família do Comendador Antonio José de Pinho, responsável por sua construção, foi palco de constantes manifestações culturais. Segundo o estudioso Correia Pinto, “não havia ali fronteiras de nenhuma espécie: nem políticas,nem estéticas, nem religiosas, nem raciais”.
“Em meados de 1897, o Comendador Antônio José de Pinho inaugurou o seu palacete residencial. Na inauguração desse solar a cidade assistiu a um de seus mais belos saraus, onde desfilou a moda parisiense e londrina, importadas com exclusividade para a elite elegante de Belém, tanto a feminina como a masculina. Em seus salões reuniram-se com frequência orquestras, artistas nacionais e estrangeiros, para promover concertos de cravo e piano, grandemente concorridos. À moda da época, não faltaram também declamações, para não falar dos bailes e jantares suntuosos de que o Palacete foi palco, com suas mesas exibindo iguarias e bebidas do mais apurado gosto” (ALVES DA SILVA, 2005, p. 21).
No Palacete Pinho foi adotado um estilo arquitetônico comum em Portugal nos séculos XVII e XVIII, mas raro no Brasil, que vem da influência dos palácios e vilas italianas do século XVI.
Sua planta é em “U”, sendo o pátio aberto na frente, uma proposta barroca, é limitado por uma grade como nos similares portugueses. A linguagem dos vãos, que no primeiro pavimento são em arco pleno e no segundo vergas retas, encimadas por frontões triangulares e curvilíneos, se harmonizam com o revestimento de azulejos e com os lambrequins da parte mais elevada do prédio (a camarinha). A falta de recursos dos herdeiros para preservá-lo, levaram à sua venda, em 1978.
Com a falta de manutenção o Palacete sofreu grande degradação pela ação do tempo e de depredações. Seus azulejos e balaústres foram alvos de furtos, e a Palacete chegou a ser ocupado por moradores de rua. Em 1992 o Palacete Pinho passou para a administração da Prefeitura de Belém. Em 2003 foram iniciadas as obras de restauração em virtude da capitação de recursos via lei Rouanet. As obras duraram 7 anos, e a reabertura do Palacete ocorreu em janeiro de 2011.
Funcionamento: Diariamente.
Acesso: Livre.